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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Nanotecnologia entra na luta contra a aftosa

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um método inovador para detectar, em bovinos, o anticorpo da febre aftosa em animais utilizando biossensores compostos por proteínas nanoparticulas. A pesquisa, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), deve facilitar o controle e a monitoração da vacinação do rebanho brasileiro. O país não apresenta um caso novo de febre aftosa desde 2005, quando focos da doença detectados no Mato Grosso do Sul e Paraná causaram embargo internacional à carne bovina brasileira e enormes prejuízos para o setor. "A contaminação pode ser detectada clinicamente sem muita dificuldade pelas feridas na boca e nos pés dos animais. Mas precisávamos de um método prático e eficiente para detectar a vacinação. O biossensor é capaz de fazer isso, porque detecta a presença de anticorpos da febre aftosa", revela o coordenador da pesquisa. Atualmente, além da apresentação da nota fiscal da compra da vacina, o outro método disponível para a detecção da vacinação é o uso de imunoensaios Elisa. Mas o inconveniente dessa alternativa é o maior custo e a necessidade de laboratórios especializados. "Com o detector que estamos desenvolvendo, o pecuarista ou a vigilância sanitária podem verificar a vacinação em campo. Nenhum teste atualmente pode ser feito com essa praticidade. O leitor de Elisa é inviável para pequenos produtores”.Quando pronto para operação, o novo método poderá ser utilizado por qualquer pessoa com formação técnica, diretamente no campo. Ao gotejar o sangue do animal sobre lâminas que farão parte do equipamento, a resposta será dada a partir de diferenças na corrente elétrica, por meio de um circuito acoplado ao detector e o uso de nanopartículas. A tecnologia do biossensor já foi completamente desenvolvida e teve sua eficácia testada no primeiro ano do projeto. Nos próximos dois anos o grupo trabalhará no desenvolvimento do produto e um aparelho piloto já deverá estar disponível dentro de um ano. O projeto teve participação do Instituto de Estudos Avançados do IFSC e da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Fonte: Agência FAPESP, adaptado por Scot Consultoria

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